quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Bufete (Com imagem em cima, bem caracterizadora)

Texto Enviado Por João Moura, ligeiramente alterado devido ao pequeno tamanho do original.
Será que o Moura gosta de coisas pequenas?...
Leiam e comentem.

Bufete, uma palavra que antes era muito utilizada nas frases dirigidas de alunos para alunos no inicio de cada intervalo, principalmente no da manhã, visto que o pessoal vinha todo esgalgado e queria saciar esta vontade. As bichas estendiam-se ao longo do poli, onde todos se debatiam num duelo épico para chegar ao balcão. É claro que a energia que ganhávamos a comer era gasta enquanto éramos empurrados e empurrávamos os outros para alcançar o balcão, mas mesmo assim era melhor comer.
O medo de ir ao bufete era manifestado ainda na aula, quando os alunos pedem pra sair mais cedo: “Ó stor! Meu professor favorito! Deixe sair mais cedo, senão os gandes metem-se à nossa frente!” Dizem os pequenos. “Ó prof! Deixa lá o people dar o fora daqui, man, o putos passam-nos por baixo das galochas e essa cena num é nada curtida bacano! Poxa! Odepois aqui o pessoal xateia-se e prontos, tem que se chatear!” Dizem os grandes, com uma naifa apontada ao professor.
Isto antigamente, quando o Obama ainda não era conhecido.
Mas o que se sucedeu? Agora uma pessoa que quer ir ao bufete, ja não precisa de se preocupar com nada, chega, pede e pronto, ja não somos empurrados de um lado, nem esmurrados do outro, podemos deixar o capacete e a armadura de lado. Até já saímos com os ossos todos em ordem e com os dois olhos no sítio.
Somos livres, Yuppi! Ir ao bufete já não e uma complicação. Viva, viva as empregadas que já não têm que se preocupar em atender os alunos e a refilar com os mesmos quando estão a bater com os cartões no balcão...(Já não se podem queixar de nada, portanto. Já podem pôr a conversa em dia no Intervalo.)
Mas vamos à raiz da questão…porquê? Esta mudança não é nada positiva. Era tudo tão porreiro, saltar para a fila do bufete e andar a porrada. Coisa e tal viam-se uns braços aqui, umas pernas ali, uns olhos nos dedos de uma mão arrancada. Era lindo, ver o brilho do sangue nas armaduras e nas espadas… Só para pedir um bolo, ou um agora extinto medense…
Será a qualidade dos bolos? Visto que foi alterado o fornecedor, e agora aquilo tudo embalado!
Tinha um capacete novo que comprei no verão só para me mostrar no bufete e já não o posso usar!! Que chatisse!

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